
A empresa Sime Prag do Brasil, de Rio das Pedras, interrompeu os serviços que realizava para a Prefeitura de Tatuí devido a uma dívida de R$ 228 mil referente a seis meses de notas fiscais não pagas. Especializada em pragas e higienização, a empresa prestava serviço de controle de dengue no município.
Os atrasos começaram em junho de 2024 e, segundo a empresa, afetaram diretamente cerca de seis funcionários envolvidos nas operações em Tatuí. Apesar das notas fiscais emitidas e registradas no portal da transparência, os pagamentos não foram efetuados, mesmo com algumas delas marcadas para liquidação em janeiro de 2025.
A situação levou a Sime Prag a suspender os serviços no final de 2024. Representantes da empresa tentaram contato com o novo secretário de Saúde de Tatuí e com a secretária de Finanças, mas não obtiveram respostas.
“Encaminhamos e-mails e tentamos diálogo com a Secretaria de Finanças e a Saúde, mas não houve retorno. Eles alegam que as notas foram encaminhadas para pagamento, mas nenhuma foi quitada até o momento”, afirmou um representante da empresa.
De acordo com a Sime Prag, a paralisação foi a única alternativa após meses de tentativas de negociação. No portal da transparência, as notas fiscais aparecem como recebidas, mas sem pagamento realizado. A empresa destacou que os atrasos geram prejuízos operacionais e impossibilitam a continuidade dos serviços.
A própria Prefeitura reconhece que a situação da dengue na cidade é grave: do dia 1º até o dia 15 de janeiro deste ano, foram confirmados 34 casos autóctones (contraídos no próprio município) da doença. São 32 casos a mais do que o computado no mesmo período de 2024, quando foram registrados apenas 2 casos. Os números foram apresentados pelo Setor de Combate à Dengue da Secretaria de Saúde da Prefeitura na última quinta-feira, 16, durante a Sala de Situação da Dengue.
O OUTRO LADO – A Prefeitura de Tatuí ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. O espaço permanece aberto.
Matéria por Pirapop Notícias.
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